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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Reforma agrária também é cultura II

O Festival Terra Viva Terra de Arte começou em um final de tarde do sertão cearense com um cortejo dos grupos culturais pelas ruas de Canindé. Conduzido por Amir Haddad (foto ao lado) e Júnior Santos (foto abaixo), grandes incentivadores do teatro de rua, o cortejo fez a festa no centro da cidade habituada às romarias a São Francisco.


À noite, nos palcos Mestre Neo Ramos e Patativa do Assaré, montados na Praça de Canindé, centro da cidade, grupos de teatro e de dança formados principalmente por jovens dos assentamentos mostraram a que vieram.




Impressionou-me em particular o espetáculo Ventos e Vales: Caminhos de Seguir, do grupo de dança Sementes da Terra, do assentamento Valparaíso-CE (foto ao lado), e o Tambor de Crioula , da comunidade quilombola de Filipa, vindos de Itaperucu Mirim-MA (foto abaixo).





Foi uma grande surpresa. Extasiante!

Há muito que manifestações artísticas não me tocavam assim.

Os últimos espetáculos que mexeram comigo foram feitos por portadores de necessidades especiais e internos de um hospital psiquiátrico. Nesses espetáculos de dança, teatro e exposição de pinturas a vida pulsava em formas estéticas que faziam eriçar todos os pelinhos da alma.
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Assim os espetáculos do Viva Arte, manifestação da vivência dos agricultores. De uma cultura forjada na luta pela terra e por cidadania, feita com alegria e criatividade, que busca forjar uma identidade em que a tradição é uma ponte para a criação do novo.
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>>> Em breve estarei postando no Picasa uma série de fotos do Terra Viva.

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