Ao juiz das Chagas, que condenou Lúcio Flávio a só falar bem do finado contrabandista Romulo Maiorana, não bastava abanar o rabo e lamber a mão do amo - tinha de morder a jugular d'O Pessoal, que ele julga estar no bolso, para demonstrar sua bravura e lealdade.
Usou mesmo da ironia para isso, levando-a ao limite do cinismo, ao afirmar que "A capacidade de pagamento dos requeridos é notória, porquanto se trata de periódico de grande aceitação pelo público, principalmente pela classe estudantil, o que lhes garante um bom lucro."
A jocosidade do juiz, em nome do "caráter preventivo e educativo" da decisão togada, chega mesmo a insinuar que Lúcio Flávio mentiu/ofendeu para aumentar a venda de O Pessoal.
O rabulento não ousou usar a palavra "sensacionalismo", mas na lógica do que escreveu, poderia; não é essa uma das características do sensacionalismo?
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